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Dois mil e onze foi mais um ano de fenômenos extratropicais que causaram prejuízos enormes a população de várias regiões do país. As chuvas e ventos fortes que derrubaram árvores e fios elétricos deixaram muita gente no escuro e danificaram muitos equipamentos. Os prejuízos que já seriam enormes considerando apenas as interrupções bruscas da energia elétrica decorrente de raios e tempestades chegam a cifras estratosféricas porque, infelizmente, ainda contamos com deficiências na estrutura energética do nosso país.
Após as tempestades o que se faz é a contabilidade do que se perdeu e aguardar reparos que nunca vêm na mesma proporção. Em outras palavras, a realidade, é cada um paga a sua conta, conta essa que pode voltar a pesar no bolso com o anúncio da próxima chuva forte, pois sabemos que fenômenos da natureza não entram na garantia dos produtos, o que muito se consegue é a reparação, caso seja comprovada, que o dano foi causado por falha da concessionária de energia.
Vale lembrar que as variações bruscas da energia elétrica que são originadas por chuvas, raios, quedas de árvores e as consequentes quedas de torres de transmissão, curtos circuitos, má distorção da rede elétrica, sub dimensionamento de quadros de distribuição de energia ou até mesmo pelo simples acionamento de um elevador ou máquina industrial pode ocasionar alterações na rede elétrica na ordem de 5% a 10%.
Além disso, os usuários continuam enfrentando problemas com a qualidade de energia nos horários de maior consumo, pois nesses momentos a rede costuma apresentar ruídos elétricos que podem resultar em erros de processamento e problemas de leituras de comando. E é bem claro que essas oscilações de voltagem, lentas ou não, podem queimar muitos aparelhos.
Mas o que muitas pessoas ainda desconhecem é que podem proteger minimamente alguns dos seus bens, diminuindo esses prejuízos.
A tv, o home theater, o computador, a geladeira entre outros eletroeletrônicos são necessidade básica de muitos brasileiros, para outros representam o que há de lazer, bem-estar e comodidade. De uma forma ou de outra não deixam de ser investimentos que podem durar muito menos do que esperamos deles. Nunca se sabe se funcionarão somente até a próxima chuva. E não é pessimismo.
A vulnerabilidade a que estão expostos os equipamentos eletroeletrônicos vai desde o nosso modelo de transmissão, por cabos aéreos, e por isso suscetível a interferências de fatores externos como os ventos, raios, chuvas fortes, queda de árvores e de postes, sem contar as falhas ainda existentes na gestão e abastecimento de energia elétrica até a má instalação dos mesmos na residência.
Este cenário, é verdade, fez muitas empresas crescerem no Brasil. Mas não foi diferente em outros setores deficientes como o de saúde, segurança, educação, previdência social que continuam longe de atenderem minimamente a necessidade e direitos dos cidadãos. Dos gargalos nesses setores, como sabemos, nasceram as instituições privadas com propostas que vieram suprir essas necessidades não atendidas pelo Governo. No mesmo sentido caminham as empresas que nasceram para atenderem necessidades dos consumidores no setor de energia. A quem diga que os empresários desse setor estão rindo à toa com a crise energética que o país há anos enfrenta. Mas não podemos deixar de reconhecer que foram dadas aos consumidores opções, soluções e saídas para os problemas ocasionados com as falhas ou interrupções no abastecimento da energia.
Mesmo que mercado venha sofrer uma pequena retração com o fim da crise, o problema do setor e as iniciativas que surgiram para combatê-lo ou minimizá-lo com certeza terão contribuído significativamente para o usuário doméstico, principalmente, conhecer soluções que pode ter as mãos para proteger seus equipamentos.
Hoje, felizmente, já é possível encontrar uma variedade de produtos fabricados no Brasil e também no exterior, como estabilizadores, nobreaks, filtros de linha e anti-raios. Produtos acessíveis a todos os bolsos e perfis, mas ainda pouco conhecidos do grande público.
O acesso a esse tipo de informação aumenta as possibilidades de evitar os problemas causados pela falta da energia, dá ao consumidor o poder de decidir ter ou não a proteção e qual modelo melhor lhe atenderá e por isso é importante conhecer essas soluções, saber que elas existem, conhecer suas funções e custos. A relação entre o que se paga por elas e os benefícios que elas podem proporcionar podem ser muitos bons, basta levar em consideração o investimento na aquisição desses dispositivos de segurança e os prejuízos evitados com um possível acidente com a rede elétrica. Uma decisão acertada e consciente significará menos transtornos. Então, que tal já começar a pensar em como se preparar para as tempestades, típicas do verão, que estão por vir?
*Sócio-diretor e consultor da TS SHARA, uma das líderes na fabricação de produtos de proteção e energia.