Pense na rede elétrica convencional como uma estrada de mão única: a energia vai da usina até sua casa, sem interação. Já os smart grids são como as avenidas modernas, onde o trânsito flui em várias direções, com ajustes automáticos nos fluxos, para evitar engarrafamentos. É como se o trânsito fosse monitorado, e os tempos de farol inteligentes fossem ajustados para o melhor caminho – nesse caso, a energia.
A revolução das redes elétricas inteligentes
É com essa analogia que o engenheiro elétrico, diretor comercial e de marketing da TS Shara, Jamil Mouallem, convida-nos à reflexão para entender melhor sobre o novo conceito.
“As redes elétricas inteligentes são uma evolução do sistema de distribuição de energia tradicional. Elas usam tecnologia avançada para monitorar e controlar a geração, transmissão, e consumo de eletricidade de forma eficiente e em tempo real“, explica.
Como funciona o sistema smart grid?
As redes inteligentes operam com sensores, dispositivos IoT (Internet das Coisas), Smart Meters (medidores inteligentes), e sistemas de inteligência artificial, para monitorar e gerenciar em tempo real o fluxo de eletricidade.
“Os Smart Meters são essenciais nesse processo, pois permitem a medição precisa do consumo de energia e se comunicam diretamente com a rede, facilitando a análise operacional do sistema elétrico. Isso possibilita a detecção rápida de falhas, ajustes automáticos na distribuição e melhor gestão da demanda”, detalha Luciano Carstens, engenheiro elétrico, mestre em sistemas elétricos industriais e gerente do Centro de Competências Future Grid do Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento).
Esses componentes controlam o sistema elétrico, para minimizar as falhas e os “apagões”. “Isso permite que a rede se ajuste automaticamente a mudanças na demanda ou a problemas, como falhas ou sobrecargas. Se houver um aumento repentino de consumo em sua região, a rede pode redirecionar energia de áreas com menor demanda ou usar energia armazenada, evitando quedas de fornecimento, visto que durante uma sobrecarga, é comum a rede se desligar para a sua proteção”, exemplifica Jamil.
Quais são as vantagens?
Além de melhorar a qualidade e confiabilidade do fornecimento de energia elétrica, smart grids podem monitorar e controlar o sistema elétrico em tempo real. Conheça outros benefícios dessas redes inteligentes elencados pelos especialistas:
- Eficiência energética: a energia pode ser direcionada conforme a demanda, reduzindo desperdícios, podendo até mesmo ser armazenada para uso posterior.
- Redução de perdas elétricas: fica mais fácil identificar e apresentar soluções para falhas de forma rápida e automática.
- Economia para o consumidor: os consumidores têm acesso a informações detalhadas sobre seu consumo, permitindo maior controle e economia.
- Sustentabilidade com fontes renováveis: integra o uso de fontes renováveis, o que reduz a dependência de combustíveis fósseis, minimizando os impactos ambientais com energia de fontes limpas.
Importância para a indústria de energia e os consumidores
A implementação dessa nova tendência desempenha um papel importante, tanto para o setor da indústria de energia elétrica, como também para os consumidores. “Para a indústria, significa maior eficiência operacional, redução de custos e novas oportunidades de negócios. Para os consumidores, há mais controle sobre o consumo, possibilidade de reduzir a conta de luz, e contribuir para a sustentabilidade”, pontua Luciano.
Jamil concorda com essa integração de todos os usuários de energia. “No setor, há uma melhora no controle da rede, com redução de custos, aumento da eficiência, mais resiliência a falhas e desastres naturais. Para os clientes, uma energia mais confiável e barata. É possível ter um controle sobre o consumo, através de aplicativos ou medidores inteligentes, além da possibilidade de gerar sua própria energia (com painéis solares, por exemplo) e vender o excedente à rede”, completa.
Quais são as vantagens?
Além de melhorar a qualidade e confiabilidade do fornecimento de energia elétrica, smart grids podem monitorar e controlar o sistema elétrico em tempo real. Conheça outros benefícios dessas redes inteligentes elencados pelos especialistas:
- Eficiência energética: a energia pode ser direcionada conforme a demanda, reduzindo desperdícios, podendo até mesmo ser armazenada para uso posterior.
- Redução de perdas elétricas: fica mais fácil identificar e apresentar soluções para falhas de forma rápida e automática.
- Economia para o consumidor: os consumidores têm acesso a informações detalhadas sobre seu consumo, permitindo maior controle e economia.
- Sustentabilidade com fontes renováveis: integra o uso de fontes renováveis, o que reduz a dependência de combustíveis fósseis, minimizando os impactos ambientais com energia de fontes limpas.
Importância para a indústria de energia e os consumidores
A implementação dessa nova tendência desempenha um papel importante, tanto para o setor da indústria de energia elétrica, como também para os consumidores. “Para a indústria, significa maior eficiência operacional, redução de custos e novas oportunidades de negócios. Para os consumidores, há mais controle sobre o consumo, possibilidade de reduzir a conta de luz, e contribuir para a sustentabilidade”, pontua Luciano.
Jamil concorda com essa integração de todos os usuários de energia. “No setor, há uma melhora no controle da rede, com redução de custos, aumento da eficiência, mais resiliência a falhas e desastres naturais. Para os clientes, uma energia mais confiável e barata. É possível ter um controle sobre o consumo, através de aplicativos ou medidores inteligentes, além da possibilidade de gerar sua própria energia (com painéis solares, por exemplo) e vender o excedente à rede”, completa.
Como instalar esse sistema inteligente?
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamentou a instalação de medidores inteligentes no Brasil. Embora ainda em estágios iniciais, muitas regiões já aderiram à implementação de tecnologias de smart grids em larga escala.
A Enel Distribuição São Paulo, por exemplo, já instalou mais de dois milhões de medidores inteligentes, que permitem os consumidores monitorarem o seu consumo em tempo real. Outras empresas, como Neoenergia, CPFL Energia e Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), são exemplos de concessionárias que têm projetos de smart grid.
O consumidor é um beneficiário das redes inteligentes, mas sua adesão depende diretamente da concessionária de energia da região. “A responsabilidade pela instalação e implementação das smart grids é das concessionárias de energia elétrica, que modernizam a infraestrutura da rede e instalam os Smart Meters, para permitir medições remotas e comunicação em tempo real com o sistema elétrico. O consumidor não precisa instalar nenhum equipamento adicional para usufruir dos benefícios das redes inteligentes, a menos que opte por tecnologias complementares, como a energia solar, por exemplo, para otimizar o consumo de energia”, esclarece Luciano.
Conclusão
e o assunto despertou o interesse do consumidor, uma ótima maneira de começar a colocar em prática essa inovação é, antes de tudo, verificar com a concessionária de energia elétrica quais opções estão disponíveis. Além disso, vale a pena participar de programas piloto sempre que possível.
“Primeiramente, consulte se há programas de medidores inteligentes ou tarifação dinâmica disponíveis na sua região. Aliás, em algumas cidades, já existem projetos de smart grids que buscam voluntários para testar novas tecnologias. Caso tenha interesse em energia solar, outra alternativa interessante é entrar em contato com uma empresa especializada. Dessa forma, é possível instalar painéis fotovoltaicos e, em seguida, homologar o sistema junto à concessionária”, explica Jamil.
Assim, com planejamento e participação ativa, o consumidor pode aproveitar ao máximo os benefícios das redes elétricas inteligentes.