Como os Temporais afetam o Fornecimento de Energia no Brasil?

o céu fechado pra chuva, nuvens carregadas

Temporais extremos aumentam os apagões no Brasil, reforçando a importância da prevenção e do investimento em infraestrutura elétrica

Os temporais recentes no Brasil destacam a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica e mostram como eventos climáticos extremos afetam a população, especialmente nas grandes cidades.

No Rio de Janeiro, os temporais causaram alagamentos e afetaram o transporte público, gerando transtornos. Em São Paulo, ventos fortes e solo encharcado derrubaram 330 árvores, deixando 150 mil pessoas sem energia elétrica, segundo a Enel.

Esses problemas, porém, não se limitam às grandes cidades. A cada nova chuva intensa, diversos estados enfrentam apagões e alagamentos. Isso acontece porque a rede elétrica ainda não está preparada para eventos climáticos cada vez mais frequentes e severos.

Por que temporais causam tantas quedas de energia?

Embora muitas pessoas associem apagões a raios, a queda de árvores e galhos sobre a rede elétrica é um dos principais causadores de falta de luz em tempestades. Ventos fortes e solos encharcados derrubam árvores sobre fiações, postes e transformadores, causando curto-circuitos e danos.

Jamil Mouallem, Engenheiro Elétrico e sócio-diretor da TS Shara, destaca a necessidade de maior atenção das autoridades e da sociedade. Segundo ele, a frequência desses eventos revela um problema maior: “Cidades cada vez mais param devido à rede elétrica. As quedas de árvores e alagamentos afetam o fornecimento de energia, mostrando a urgência da modernização da infraestrutura elétrica no Brasil.”

Além disso, o excesso de chuva piora a situação, principalmente em subestações e equipamentos em áreas de risco, onde alagamentos podem causar curtos-circuitos, danificar transformadores e representar risco de choque elétrico.

 

apagão em casa

 

Os desafios para garantir um fornecimento de energia mais estável

Para minimizar os impactos dos temporais na rede elétrica, é essencial adotar medidas preventivas e soluções que aumentem a resiliência do sistema. O especialista sugere estratégias que podem ser mais aplicadas em diferentes estados.

Primeiro, reforçar as podas preventivas é essencial para evitar que galhos atinjam os fios durante tempestades, reduzindo quedas de energia. Outra alternativa, embora cara, é investir em redes subterrâneas, que protegem os cabos e reduzem danos causados por quedas de árvores e ventos fortes, garantindo maior estabilidade no fornecimento.

Além disso, a modernização da infraestrutura elétrica, com monitoramento remoto e automação, permite respostas mais rápidas a falhas, diminuindo o tempo de restabelecimento da energia. Também é crucial um planejamento urbano eficiente, com o plantio de árvores adequadas, para evitar tombamentos e reduzir impactos nas chuvas.

Combinando essas estratégias, é possível reduzir prejuízos de eventos climáticos e garantir um fornecimento de energia mais seguro e confiável.

Conclusão

De acordo com Mouallem, além das medidas estruturais, é igualmente essencial conscientizar a população sobre os riscos elétricos durante tempestades, pois muitas pessoas não percebem o perigo de um fio caído ou de um transformador danificado. Além disso, com a intensificação dos eventos climáticos extremos, torna-se urgente priorizar a segurança do fornecimento de energia, uma vez que apagões recorrentes impactam a economia, o transporte público e os serviços essenciais. Diante desse cenário, a modernização da infraestrutura elétrica, aliada a medidas preventivas, é indispensável para reduzir prejuízos e garantir um restabelecimento mais eficiente e seguro da energia.

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