Já se tornou clichê dizer que a forma como trabalhávamos no formato 100% presencial, no escritório, nunca mais será a mesma. O home office, sem dúvidas ganhou muitos adeptos desde o início da pandemia e, em pouco tempo, fez com que boa parte das empresas se adaptassem para seguir uma nova tendência que promete mudar o futuro do trabalho: o modelo híbrido.
Para se ter uma noção do sucesso, em suas previsões do Futuro do Trabalho para 2023, o IDC chamou o trabalho híbrido de “um dos pilares para nosso futuro cenário global de trabalho”, acrescentando que “o trabalho híbrido impulsionará novas soluções tecnológicas em funções e setores semelhantes”. As tecnologias citadas pelo IDC incluem ferramentas inteligentes de planejamento de espaço e capacidade, que a empresa prevê que 55% das empresas globais usarão para reinventar os escritórios até 2024.
Quando olhamos para o Brasil, esse modelo também tem conquistado seu espaço. Uma pesquisa do Datafolha, que realizou 2.026 entrevistas em todo o país em dezembro, mostra que se pudessem optar por uma forma de trabalho, 24% dos brasileiros escolheriam o modelo remoto, trabalhando em casa. Já 28% preferem o sistema híbrido, trabalhando tanto em casa quanto na empresa. Os dois grupos que optam pelas formas de trabalho que se destacaram desde o início da pandemia representam 52% dos entrevistados.
Mas fica a pergunta: será que a infraestrutura de TI das empresas está preparada para atender a essa nova forma de trabalhar? A resposta é: a maioria não. Nesses últimos meses, muitos gestores se preocuparam em viabilizar o trabalho em casa com urgência, mas não pensaram em preparar suas infraestruturas para o futuro e para atender ao modelo híbrido de trabalho. Sendo assim, faltou definir quais serão as soluções de Colaboração e Comunicação que serão empregadas na rotina do negócio a partir de agora para garantir a comunicação e o engajamento entre os times que estão parte em casa e parte no escritório.
Nesse sentindo, foi fundamental investir em soluções de tecnologia que não só permitam o acesso remoto, mas garantam performance, facilidade de uso, monitoramento, segurança e conforto, características importantes e que estão em demanda crescente. Por isso, oficializar ferramentas de versões corporativas ou públicas para uso dos funcionários também é uma boa opção, pois ajuda a manter o controle sobre o compartilhamento de dados, uma vez que o ambiente pode ser monitorado pelos times de TI.
Mas, além de equipamentos básicos como celulares, notebooks de última geração, Wi-Fi de alta capacidade, VPN, entre outros, as soluções de proteção de energia devem ser levadas em consideração para proteger esses devices contra blecautes ocasionais, ou apagões causados pelas quedas na rede elétrica, além dos picos de energia que podem interromper o fornecimento de serviços essenciais para o bom funcionamento do trabalho híbrido, como internet e energia elétrica.
Não tenho dúvida de que o trabalho híbrido será um processo de construção. Como em qualquer processo de mudança, nesta nova fase será necessário repensar processos e experiências, além de adotar rotinas e soluções tecnológicas que facilitem a adaptação de todos a esse novo modelo. Da mesma maneira que nos adaptamos rapidamente ao trabalho remoto, logo as organizações encontrarão um caminho de fazer com que o modelo híbrido funcione 100%.
*Pedro Al Shara é CEO da TS Shara, fabricante nacional de nobreaks e estabilizadores de tensão.
Fonte: Convergência Digital