Antes da pandemia, a infraestrutura do ambiente de TI corporativo era responsabilidade dos gestores da área, mas hoje essa tarefa passou a ser compartilhada. De um lado, a empresa, que deve gerenciar e organizar a dinâmica das equipes incluindo a garantia da infraestrutura de TI, enquanto do outro, os colaboradores, que precisam seguir uma lista de prevenções e dispor de uma estrutura para garantir que as atividades sejam feitas com qualidade, sem comprometer a produtividade ou a comunicação com clientes, colegas e superiores.
Entre os principais cuidados para manter a conectividade do home office, os usuários devem considerar os blecautes repentinos, causados pelas falhas na rede elétrica, e os surtos de energia, que podem afetar diretamente a execução de outros serviços essenciais. A fim de preservar e mitigar os prejuízos desses “apagões digitais”, existem soluções tecnológicas que protegem e garantem a conectividade do trabalho remoto, como é o caso das fontes de alimentação de energia ininterrupta, também conhecidas como nobreaks ou UPS (Uninterruptible Power Supply).
O nobreak é um equipamento de proteção de energia que possui baterias internas, que funcionam como uma fonte primária de energia. As baterias são carregadas automaticamente enquanto a rede elétrica está em pleno funcionamento e, em uma eventual queda ou oscilação de energia, entram em operação e evitam o desligamento inesperado dos itens conectados, ampliando a vida útil dos dispositivos conectados a eles, ao mesmo tempo que oferecem tempo hábil para que o usuário finalize suas atividades sem comprometer a qualidade ou a perda de dados. Apesar de ser um produto de fácil instalação, sua variedade de modelos e aplicações disponíveis no mercado podem causar dúvidas ao consumidor na hora de escolher o produto ideal.
Dimensionando o nobreak ideal
Pensando nisso, Pedro Al Shara, engenheiro elétrico e CEO da TS Shara, fabricante nacional de nobreaks e estabilizadores de tensão, sugere algumas formas para facilitar o dimensionamento correto do nobreak. O primeiro passo para encontrar o nobreak ideal é ter em mente quantos e quais equipamentos precisam de proteção. “Assim como determinados tipos de equipamentos eletrônicos, os nobreaks possuem uma capacidade máxima de carga suportada. Ou seja, caso o consumidor escolha um nobreak que não tenha capacidade o suficiente para manter seus aparelhos, eles podem funcionar de forma incorreta, fazendo com que o nobreak seja desligado justamente por não ter a energia suficiente para eles, comprometendo sua eficiência”, afirma.
O especialista explica que os nobreaks são diferenciados pelo tipo de onda que fornece e sua tecnologia (Onda Semi-Senoidal e Senoidal) e pela potência em KVA ou VA. Basicamente, em conjunto com esses fatores, o mercado hoje atua com 3 principais modelos: Off-line ou Standby, Interativos e Online Dupla Conversão.
Os nobreaks do tipo Off-line geralmente possuem preços mais acessíveis e são utilizados em locais com poucas quedas de energia, pois acabam fornecendo uma proteção mínima para computadores onboard e grande parte dos eletrônicos, ao apresentar um período de milésimos de segundos para reconhecer a queda de energia, chamado tempo de transferência. Já os nobreaks Interativos são uma evolução dos modelos Standby, pois são capazes de regular a tensão da rede conforme necessário em caso de sobretensão ou subtensão na tomada, também apresentando o tempo de transferência, funcionando como um nobreak off-line, mas com um estabilizador incorporado. Por último, os do tipo Online Dupla Conversão, são considerados os mais seguros porque não tem o tempo de transferência. Suas baterias são mantidas carregadas enquanto o inversor está constantemente ligado, fornecendo energia aos equipamentos durante todo o tempo. Estes produtos são mais caros e, geralmente, são utilizados em aplicações de redes elétricas críticas, alimentando equipamentos sensíveis. Enquanto os tipos Standby e Interativo podem fornecer onda semi-senoidal ou senoidal, os Online Dupla Conversão apenas apresentam onda senoinal.
Para entender como escolher o nobreak ideal para a sua necessidade, o especialista da TS Shara listou 4 passos principais que devem ser seguidos na hora da compra.
1- Determine quais e quantos dispositivos serão protegidos – Como existem diferentes tipos e capacidades de nobreaks desenvolvidos para diferentes aplicações é essencial saber quantos e quais os eletrônicos que se deseja conectar ao nobreak. Essa é a primeira etapa do processo de escolha do produto ideal e pode ser a diferença entre comprar um produto com tecnologia mais simples ou outro com recursos avançados de proteção que irá impactar diretamente no bolso.
2- Confira a capacidade de cada nobreak – Na sequência, o consumidor precisa analisar a capacidade de cada nobreak, para não exceder o número de equipamentos que pode ser conectado a ele. Para isso, é preciso somar as potências de todos os aparelhos que serão conectados. Feito o cálculo, é hora de dar uma olhada na capacidade de potência dos nobreaks e procurar um com uma potência compatível. A fim de aumentar a vida útil do nobreak sempre é bom deixar uma folga de pelo menos cerca de 30% de sua capacidade máxima.
3- Defina por quanto tempo você precisa que seus equipamentos continuem funcionando – Independente da modalidade escolhida, outro aspecto importante é a autonomia do nobreak. Quanto mais baterias e menor for a carga que o nobreak terá que suportar, maior será a autonomia, ou seja, mais tempo ele conseguirá alimentar seus equipamentos com energia, enquanto a rede elétrica não retornar. Para apoiar o consumidor no processo de escolha do produto ideal, fabricantes como a TS Shara já disponibilizam, em seus sites ou aplicativos para celular, um app onde é possível estimar a autonomia para diferentes condições de uso e calcular a capacidade máxima de cada nobreak.
4- Escolha os tipos de nobreak indicados para cada aplicação – Se a intenção é usar o nobreak em casa ou até mesmo em uma pequena empresa, a verdade é que a maioria dos equipamentos conseguirá atender bem. Tanto o modelo interativo, quanto o standby, por terem um custo mais acessível, são mais comumente indicados para conter os impactos causados pela variação da energia nesses locais. Já os sistemas on line de dupla conversão, por fornecerem uma energia mais estável, são mais usados para aplicações de alta performance, como servidores, grandes companhias, indústrias e serviços críticos, como hospitais, laboratórios clínicos etc.
Publicação original: PartnerSales https://bit.ly/2R5zxlP