A brusca parada das atividades provocada pela pandemia, em 2020, colocou à frente de todos os setores obstáculos que pareciam intransponíveis, justamente em um ano que havia começado razoavelmente bem, com aumento de 8% nas vendas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos até o início de março. Com as lojas fechadas e um clima de quase inércia, o segmento foi à luta com agilidade e criatividade.
O varejo acelerou o e-commerce, ampliou o mix de produtos e criou ações de apoio para os que não tinham familiaridade com a plataforma. A indústria utilizou seu canal diretor para se comunicar com o consumidor. Se este não podia chegar até eles, ambos se moveram em sua direção, enfrentando os conhecidos desafios da malha logística brasileira. Houve perdas, é verdade, mas as ações contribuíram para tornar o cenário menos impactante.
Agora, é urgente um planejamento estratégico para recuperar a economia. Medidas como o auxílio emergencial ajudaram a amenizar a situação no ano passado, injetaram recursos na economia, mas não há condições de torná-las permanentes. Ações paliativas são úteis em determinado momento, mas os avanços passam, necessariamente, pela vacinação em massa da população. É ela que vai ditar o ritmo da retomada.
O Brasil precisa de uma agenda consistente, com inclusão de reformas há muito esperadas, como a tributária, uma vez que o sistema atual trava o crescimento e a produtividade. São inúmeros os problemas a serem solucionados e muitas as incertezas. O País precisa ser mais rápido e oferecer maior estabilidade para que 2021 não se transforme em mais um ano de múltiplos desafios.
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TS SHARA
A empresa espera bom desempenho nas vendas em 2021, diz o CEO. “Nossas soluções são essenciais às áreas de tele-comunicações, provedores de internet, saúde/hospitalar, e-commerce, logística e sistemas de segurança empresarial e residencial. A expectativa é crescer cerca de 10% em relação a 2020.” Neste ano, a empresa espera avanços nas reformas administrativa e tributária.
Mesmo com a pandemia, as vendas de eletrodomésticos se mantiveram aquecidas em 2020, lembra Pedro. “Especialmente pela adesão em massa ao comércio eletrônico, atingindo outros nichos de mercado e aumentando o tíquete de venda. O próximo passo será buscar as maneiras mais eficazes de interação com os clientes para garantir que as demandas sejam atendidas e todo o ciclo de vendas seja colocado em prática, sem deixar cair a qualidade do atendimento.”
Uma adversidade que marcou 2020 foi a constante oscilação do dólar, afirma Pedro. Isso acabou afetando a correção de preços e a importação dos insumos para manter a produção, cenário que não era visto nos últimos 19 anos. “Procuramos nos manter criativos para definir as estratégias de médio e longo prazos para alcançar as metas e atender os mais variados nichos que precisavam de energia segura e ininterrupta.”
“A expectativa da empresa é crescer 10% em relação a 2020.”
Publicação original: Eletrolar News