Investimento e provisionamento são receitas da indústria de infraestrutura de TI para sobreviver na crise dos chips

Descubra como a TS Shara está enfrentando a crise dos chips e garantindo a segurança da sua infraestrutura.

Crise dos Chips: Desafios e Perspectivas na Era Digitalizada

A crescente dependência da produção de semicondutores em um mundo cada vez mais digitalizado é inegável. Esses materiais são essenciais para a fabricação de chips e transistores. Portanto a sua disponibilidade é fundamental para o funcionamento de diversos setores e ambientes de missão crítica.

A pandemia mundial impactou fortemente a produção desses insumos levando a sua escassez que gerou uma crise dos chips profunda.  Principalmente em todo o ecossistema do setor de tecnologia da informação.

Portanto a mais recentemente a oferta de componentes eletrônicos foi ainda agravada pelas paralisações decorrentes de uma guerra prolongada, sanções comerciais e a chamada “guerra de chips”.

Impacto da Crise dos Chips nas Medidas de Mitigação Global

Esses eventos com a crise dos chips, têm causado grandes problemas na cadeia de suprimentos, que levaram empresas globais e as brasileiras a adotarem medidas cautelares para garantir a continuidade de suas operações. Portanto, essas ações têm um preço, e os reflexos já podem ser sentidos.

Preocupados com a dependência dos países asiáticos. Em especial da China, ainda no ano passado, o governo dos Estados Unidos aprovou um investimento de US$ 52,7 bilhões em subsídios. E a União Europeia acaba de aprovar Lei que deverá liberar € 43 bilhões em financiamento para estimular a indústria de semicondutores a desenvolver e produzir na região reduzindo a dependência de importações.

Desafios no Mercado Atual e Expectativas Futuras

Enquanto investidores trabalham para mitigar essa dependência, o mercado atual ainda enfrenta momentos difíceis. O setor de fabricação nacional de nobreaks e estabilizadores, no qual atuamos, sofreu também os impactos da crise e impôs grandes desafios para a indústria manter a segurança da infraestrutura de setores vitais da economia. Agora, como consequência esperamos uma escalada nos preços devido a continuidade da falta de insumos, especialmente diante da evolução da guerra em curso e das incertezas que ela traz.

Impacto da Disputa Geopolítica na Indústria de Semicondutores

Exemplificando, um levantamento do mercado de suprimentos de materiais e tecnologias de dispositivos eletrônicos revela que até 54% do néon usado nas fábricas de chips. Um componente crítico para os lasers, vem de duas empresas ucranianas: Ingas e Cryoin. Essas empresas têm enfrentado severas interrupções devido à escalada do conflito. Essa disputa geopolítica tem gerado pressões por sanções comerciais levando a uma queda na receita global de semicondutores, com previsão de uma redução de 11,2% em 2023, de acordo com a consultoria Gartner, afetando todo o mundo.  Porém, no médio prazo, já contamos que os investimentos realizados e a competição na indústria resultem em um aumento da oferta de componentes. A China, por exemplo, já está preparando um pacote de US$ 143 bilhões para impulsionar sua indústria de semicondutores.

Estratégias de Mitigação diante da Ausência de Fábricas de Semicondutores no Brasil

A ausência de uma fábrica de semicondutores no Brasil e a concentração de aproximadamente 80% da produção global no exterior nos impulsionaram a adotar medidas estratégicas de provisionamento de insumos para evitar interrupções. Essa abordagem se mostrou assertiva, garantindo um ano de capacidade produtiva e a continuidade das operações. Acreditamos que nossa experiência possa inspirar outros na indústria a superar essa crise.

Ampliação dos Impactos da Crise dos Chips em Diferentes Setores

Ademais, além dos impactos na indústria de TI, que desempenha um papel fundamental na sociedade moderna, impulsionando a inovação e o avanço tecnológico. A crise dos chips também se expande para outros mercados, como a indústria automotiva, deixando o Brasil como um dos países mais caros para a aquisição de eletrônicos. Portanto, com a indústria precisando comprar estoques adiantados para garantir a produção, amplia-se esse cenário.. As provisões inevitavelmente refletem nos preços finais dos produtos, impulsionando a inflação e distanciando ainda mais os brasileiros da tecnologia.

Conclusão

Como conclusão, vale destacar que diante desse cenário desafiador já se observam esforços conjuntos e colaborativos estratégicos. Com ações da indústria e governos que visam à diversificação da produção e à redução da dependência de fornecedores externos.

Investimentos em produção local, parcerias internacionais e incentivos fiscais são algumas alternativas que enxergamos para a recuperação desse setor vital na economia global e que, se implementadas com urgência e seriedade, podem significar um futuro mais estável e próspero.

Pedro Al Shara, CEO da TS Shara.

Fonte: TI Inside

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