Smart Homes, o 5G, as redes e o futuro conectado

*Por Pedro Al Shara

Já se foi o tempo em que uma smart home, ou casa inteligente, era um conceito visto apenas nos filmes de ficção científica. Hoje, já é possível ter acesso a uma série de dispositivos que facilitam a rotina do dia a dia, trazendo conforto, segurança e comodidade. Aos poucos, os benefícios de ter uma casa inteligente estão movimentando a economia e despertando o interesse de muita gente, no Brasil e no resto do mundo.

Com a pandemia da Covid-19 essa tendência de “casas conectadas” foi acelerada pois ao permanecer mais tempo em casa, seja para estudar ou trabalhar, os consumidores passaram a investir cada vez mais em dispositivos eletrônicos para deixar seus lares mais inteligentes e automatizados. Hoje, milhares de brasileiros já se acostumaram a utilizar as frases “Ok, Google” ou “Alexa, acenda ou desligue as luzes da sala”.

Segundo dados da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside), até 2023 a tendência é que o número de residências inteligentes aumente em 20%. Isso significa que em poucos anos mais pessoas se apropriarão dos benefícios da automação residencial a fim de facilitar a rotina. Comprovando essa projeção, um levantamento feito pela rede de lojas Fast Shop mostra que o interesse no segmento de residências conectadas cresceu 20% em 2021, em relação a 2020.

No Brasil, o mercado começou a dar atenção aos dispositivos conectados a partir de 2019, quando as assistentes de voz de empresas como a Amazon chegaram oficialmente ao país. Por meio desses dispositivos – que funcionam como hubs, em que é possível centralizar todos os outros equipamentos e acessórios que desejarmos -, conseguimos controlar por voz ou por meio dos smartphones os diversos equipamentos residenciais. Basta ter um ambiente com internet e energia elétrica para utilizar esses dispositivos de automação residencial.

O crescimento desse mercado também será impulsionado pela implementação do 5G, uma vez que a  integração de novas tecnologias dentro de uma residência demanda aumento da largura de banda para suportar o tráfego mais pesado, que inclui streaming de vídeo, áudio, voz e dados. Com o grande poder de latência e velocidade do 5G, que pode atingir até 100 gigabits, a troca de informações constante entre esses dispositivos smart será mais fácil do que nunca.

Como consequência, haverá ainda mais necessidade de proteger redes e dispositivos contra possíveis interferências e suportar a crescente demanda por serviços essenciais além da internet, como é o caso da energia elétrica. E uma das formas de controlar o consumo de energia está na modernização da rede, pois sabemos que a rede elétrica no Brasil é instável e sujeita a apagões e blecautes. Só em 2021, vale lembrar, testemunhamos ocorrências de quedas de energia em diversos estados, em virtude da falta de chuvas e da crise hídrica.

Por isso, é importante que os consumidores se atentem constantemente às quedas de energia e outros distúrbios relacionados à rede elétrica. Nesse caso, instalações adequadas de nobreaks e inversores de energia podem contribuir para o perfeito funcionamento durante essas situações, mas também serão responsáveis por filtrar e manter a energia limpa de ruídos e interferências, contribuindo para prolongar o tempo de vida útil dos equipamentos e preservar os investimentos.

Com o mercado de produtos para casa inteligente em expansão, inúmeras são as possibilidades em prol de tornar o ambiente residencial o mais prático e seguro possível. Deixar a casa inteligente é um processo que deve ser planejado para obter uma boa performance, sem prejudicar demasiadamente o orçamento doméstico, elevando custos com energia e desgaste dos equipamentos, além do previsto. 

*Pedro Al Shara é CEO da TS Shara, fabricante nacional de nobreaks e estabilizadores de tensão.

Fonte: Convergência Digital

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